Após pressão e investigação do MP, Othelino recua e cancela concurso público

Nos bastidores, pessoas próximas do presidente afirmam que o cancelamento do concurso foi por receio de onde a investigação poderia chegar

O presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Othelino Neto (PCdoB), anunciou, no fim da tarde desta segunda-feira (20), o cancelamento do Concurso Público da Alema.

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Desde fevereiro deste ano, o site A Carta Política alertou para a possibilidade de fraude no esperado Concurso, dado o histórico negativo da Fundação CEPERJ. 

Responsável por um concurso da Alerj (Assembleia Legislativa do Maranhão), a banca da Alema teve concurso cancelado no Rio de Janeiro pelas mesmas denúncias da última semana.

Apesar do presidente Othelino ter declarado que pediu ao Ministério Público do Maranhão uma investigação rigorosa por conta das denúncias, principalmente as levantadas pelo deputado estadual Yglésio Moyses (PSB), foi por conta de uma investigação em curso, do próprio MPMA, que a sociedade teve acesso ao nome dos aprovados na primeira fase do concurso.

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Foi diante das denúncias já feitas, inclusive pelo site A Carta Política, e por candidatos supostamente lesados, que todo o caso veio à tona. O pedido formalizado por Othelino, não passou de jogo de cena.

O que diz o Ministério Público do Maranhão

Em 6 de junho, o MPMA emitiu Recomendação ao presidente da Comissão de Concurso da Assembleia Legislativa do Maranhão, Eduardo Pinheiro Ribeiro, destacando que o resultado preliminar da prova objetiva foi publicado sem a indicação dos nomes dos candidatos aprovados, com a referência somente ao número de inscrição de cada um. 

No documento, os três promotores destacaram a obrigação de transparência do concurso. “A lista de aprovados sem a indicação dos nomes dos candidatos, referenciando apenas o número de inscrição de cada um, afronta o princípio da publicidade, vez que impossibilita a verificação, pelos interessados, da observância à ordem de classificação quando da convocação, essencial para a manutenção da idoneidade do concurso público”.

O Ministério Público recomendou que as divulgações dos resultados de todas as fases do certame sejam publicadas com os nomes de todos os candidatos aprovados e respectivas notas. Também foi recomendada a publicação de listas separadas, diferenciando os candidatos às vagas de ampla concorrência e as reservadas aos negros e pessoas com deficiência.

Nos bastidores, pessoas próximas do presidente afirmam que o cancelamento do concurso foi por receio de onde a investigação poderia chegar.

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