Flávio Dino na Câmara pode ser sinal verde para Josimar e Othelino Neto

Flávio Dino (PCdoB), governador do Maranhão, vai dando pistas, por meio de veículos de comunicação, qual deve ser o seu destino nas eleições gerais de 2022. O grande problema deste jogo é que o grupo que apoia Dino é amplo e para mapear os espaços que serão deixados vazios há uma cisão em curso que pode, ou não, rachar o grupo do governador.

Abarcar todos os aliados será o maior desafio e um trabalho meticuloso do chefe que, nos últimos anos, está no topo hierárquico da política maranhense. Por isso, talvez, o desprendimento de disputar qualquer cargo. Alguns, por chute ou torcida, acreditam que ele pode ficar oito anos no mandato de governador. É improvável quem planeja projeção nacional ficar de fora das próximas eleições.

Josimar (PL) e Othelino (PCdoB) desejam disputar cargos majoritários. O deputado federal Josimar diz reiteradamente que não repete mandato. Dos que já disputou, resta os cargos de governador, vice-governador e senador da república. Enquanto Othelino, presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, vive o auge da sua carreira política quer continuar subindo degraus na política maranhense e disputar o voto majoritário. Este aceita cargo de senador, vice ou até mesmo governador. 

Vale lembrar que Othelino é o segundo na linha sucessória do cargo e pode ser candidato à reeleição se houver vacância no cargo. Acontece que nem nos pesadelos do vice-governador Carlos Brandão (Republicanos) ele ousa deixar escapar a chance de ouro de ser governador do estado.

Em 2022, só haverá uma vaga na disputa do Senado Federal e ela, para qualquer ator político, é destinada ao governador. Isso não é uma regra, mas culturalmente no Maranhão tem sido assim nas últimas décadas, o ciclo foi quebrado com a eleição dos atuais senadores, Roberto Rocha (PSDB), Weverton Rocha (PDT) e Eliziane Gama (Cidadania). A princípio, a justificativa de disputar o cargo de deputado federal é para ajudar o PCdoB a alcançar a cláusula de barreira.

E se a solução para superar esse problema for a fusão com outro partido, o PSB, por exemplo? Flávio Dino estaria disposto ao mesmo “sacrifício” por outra causa? Se a resposta for sim, pode ser uma alternativa para não deixar o grupo tão esfacelado. Deste modo, Othelino daria seus novos passos fora do grupo que, hoje, tem predileção: o do senador Weverton Rocha, que também sonha com o Palácio dos Leões. E, Josimar, que já tá “fechado” com Carlos Brandão, teria um espaço de destaque na chapa majoritária. Resta saber quem seria o senador e quem seria o vice-governador. Minhas apostas, nesta presente data, seria de Josimar no senado e Othelino na vice-governadoria.

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