Silêncio como resposta. Sem diálogo.
Foi desta forma que o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), resolveu lidar com o suposto caso de corrupção na Semcas, denunciado na Câmara Municipal de São Luís.
Ao Jornal Pequeno, em entrevista ao jornalista Lourival Bogéa, a ex-secretária-adjunta Ana Carla, centro das denúncias, disse que a administração de Braide nunca quis ouvi-la e nem abriu uma investigação interna para apurar as denúncias.
Simplesmente exonerou 80 servidores comissionados, carimbando-os de corruptos.
“Em nenhum momento fui chamada para explicar os fatos na prefeitura ou fui comunicada que teria uma investigação interna. Pelo contrário, desde a denúncia no dia 28, até minha exoneração no último dia 06, foi um silêncio total por parte do executivo, disse Ana Carla ao JP.
A ex-auxiliar de Braide disse que não se pronunciou por recomendação da Secom (Secretaria de Comunicação) e que nenhum pedido de explicação, por parte da imprensa, chegou a ela. Mas também adiantou que a Prefeitura tinha todas as respostas.
Segundo a defesa de Ana Carla, as empresas citadas já tinham contratos com a gestão de Braide antes de sua chegada na pasta. Afirmou conhecer seus donos, mas destacou que não há um nível de intimidade, como ser madrinha de algum filho dos donos.
Sobre nepotismo, disse que não nomeou nenhum parente. A irmã e o primo da ex-adjunta chegaram junto com a então secretária na Semcas.
Interessada em depor na Câmara Municipal, Ana Carla junto com 80 servidores foram exonerados um dia antes da audiência de convocação.
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