Como Brandão deve se comportar na eleição de São Luís

Quem será o candidato de Brandão? Essa pergunta tem mexido com os ânimos de políticos e facções políticas.

Só não tem tirado o sono do governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB).

Nem soou como novidade a entrevista do governador à uma TV local, ao dizer que não tem pressa e nem é ditador.

Nos dois casos, Brandão apenas disse que não vai jogar para perder. Fez ainda um afago para a classe política com o “não sou ditador” e de que vai ouvir todas as principais peças do jogo político. Diferente do candidato a ser derrotado pelo grupo do governador, que se afastou da classe política e, ainda sim, consegue nadar de braçadas ante aos adversários atuais.

Na liturgia política seguida por Brandão tem uma que ele usa para dar respostas para todas as dúvidas. O tempo. E nesse quesito um importante player não aguentou e já jogou a toalha. O presidente da Câmara Municipal de São Luís, Paulo Victor.

Teve quem quis apressar o relógio com a desistência de Paulo Victor. Vai dar certo essa investida? Sem qualquer previsão, a resposta será dada no futuro, próximo ou não.

Se Brandão ainda não emprestou seu livro de cabeceira de lições na política é importante, no entanto, como exercício simples, lembrar de como o então vice-governador se comportou para hoje ser o mandatário do estado do Maranhão.

“Vice é vice”, disse o governador durante seu discurso no lançamento de Miltinho Aragão, que versava justamente sobre eleições municipais. “Como vencer e governar”.

Só por esse fio, é necessário, segundo o pensamento desta liderança, respeitar etapas. Não queimar na largada e não impor o nome ante um grupo político tão heterogêneo. 

“Não sou um ditador” também reflete que apesar de qualquer indicador verificado em pesquisas o nome apontado por Brandão tem que conseguir atender não só um apelo popular, importante para qualquer candidatura.

Mas refletir o que representa o Governo Brandão. Um governo que até então tem conseguido atender interesses de diversos grupos políticos.

Um nome que consiga agregar. Nas palavras do próprio Brandão, um nome de “unidade”. 

E justamente para manter essa unidade governista, Brandão não pode tender para qualquer lado nesse momento.

O momento é de ouvir. Somente ouvir.

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