“Política não se faz só com quem a gente gosta”, foi o que disse o ex-presidente Lula (PT) durante coletiva de imprensa no Maranhão. Apesar de necessariamente não ter sido endereçado ao senador Weverton Rocha (PDT), a mensagem mostra como deve agir o Partido dos Trabalhadores durante as eleições de 2022.
A estratégia é simples e o PT trabalha por soberania na Câmara dos Deputados. E como eleição também é matemática, o PT apoiar o senador Weverton Rocha ao governo é o mesmo que jogar contra a sua própria tática eleitoral.
A base de apoio de Weverton em sua pré-candidatura conta com partidos que congregam o Centrão e, hoje, dão sustentação ao governo Bolsonaro. São eles: Cidadania, DEM, PP, PSL e PRB.
É importante lembrar que Lula destacou, também em sua passagem pelo Maranhão, que o Centrão não é um partido e que esses partidos devem abandonar Bolsonaro perto das eleições.
Para Lula, o Centrão, por não ter uma ideologia forte, pensa somente em eleições. Mas isso não tira a preocupação de Lula de ter na Câmara dos Deputados e Senado Federal, metade dos parlamentares do campo progressista, seja do PT ou não. Dar palanque para Weverton no Maranhão é fortalecer nomes do Centrão em um virtual governo Lula. Por isso, que Lula prefere ser aliado desses partidos, mas nas eleições estaduais. E não criar monstros e deuses em Brasília.
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