Edilson Baldez vira o coronel da Fiema

De Repórter Tempo, Ribamar Corrêa

A Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (Fiema), empossou, Quinta-Feira (17), o empresário Edilson Baldez para mais um mandato presidencial de quatro anos. Com o ato solene, a entidade representativa da indústria maranhense reafirmou sua aparentemente incurável vocação para produzir coronéis, passando a impressão de que o conceito de alternância, que é um dos pilares da democracia, mesmo numa organização corporativa, parece não existir no seu regimento.

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Sua história registra a permanência do empresário Alberto Abdalla à frente da entidade por mais de três décadas. Edilson Baldez, que assumiu em 2008 para cumprir um mandato tampão, e na posse deixou no ar sinais de que não se deixaria seduzir pelo exemplo abdallano, não resistiu aos encantos do poder e mandou o compromisso para o espaço. Logo mudou as regras que proibia seguidas eleições, se reelegeu e de lá para cá já foram três mandatos integrais cumpridos. E o que se inicia agora o manterá até 2024 no comando da entidade propriamente dita e dos braços maranhenses do Sesi, do Senai e do IEL, além do Sebrae, uma ativa e bem azeitada máquina assistencialista, com orçamento gordo, que é também uma respeitável e muito cobiçada fonte de poder político.

Há quem diga que, a julgar pela gestão que realiza, pela habilidade com que domina os cordéis de poder da entidade e da fome de poder que demonstra, o presidente Edilson Baldez cumprirá o novo mandato pavimentando terreno para renová-lo daqui a quatro anos. Afinal, sua reeleição pela unanimidade dos líderes dos sindicatos que compõem a Fiema é indicativa de que, por enquanto, ninguém se atreve a enfrentá-lo.

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