Consenso cada vez mais difícil na base dinista; PP fecha questão em Weverton Rocha

por ATUAL7

A declaração de apoio do PP à pré-candidatura do senador Weverton Rocha (PDT), feita nesta terça-feira (15) pelo deputado federal André Fufuca, aprofundou a crise na base do governador Flávio Dino (PCdoB) e tornou ainda mais distante o sonhado consenso buscado pelo comunista para a sua sucessão.

Apesar de Dino já haver se decidido pelo nome de Carlos Brandão (PSDB) para o Governo do Estado em 2022, aliados encastelados no Palácio dos Leões vêm articulando um caminho independente para o pleito e fechando com Weverton ou com o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL), também postulante ao Executivo estadual.

Com Weverton, além do PDT, estão apalavrados DEM, PSB, Cidadania, Republicanos, PSL e agora o PP. Já com Maranhãozinho, além do seu PL, estão também Patriotas e Avante.

Há ainda tentativa do PTB de apoiar alguém mais próximo ao eleitorado evangélico e com simpatia conservadora, como o ex-prefeito de São Luís Edivaldo Holanda Júnior (sem partido).

Brandão, até o momento, tem apenas o PSDB e o PCdoB, mas deve formar aliança também com o PT e tomar o PSB de Weverton, sob articulação de Dino. PROS e Solidariedade também tendem a se agregar.

Apesar da dificuldade enfrentada por Flávio Dino para unificar a base em torno de Carlos Brandão, publicamente, o governador do Maranhão não tem reagido à debandada. Ao contrário, pacientemente, até mesmo adiou reunião com lideranças partidárias e aliados para discutir o rumo do grupo em 2022.

O perfil moderado é completamente diferente do apontado ao comunista nas eleições de 2014 e, principalmente, de 2018, de perseguidor e ditador. A remodelagem evidencia a tentativa de Dino de minimizar o desgaste gerado por sua interferência em bases partidárias aliadas e de reconquistar o poder de comando da coalização que o alçou e o mantém no Palácio dos Leões.

Político conhecido nacionalmente por ter derrotado o clã Sarney no Maranhão, mais do que ser eleito para o Senado, Flávio Dino, que já foi deputado federal, necessita voltar ao Congresso como líder. Para isso, precisa formar um tripé: além de fazer seu sucessor com facilidade, terá de evitar o esfacelamento de sua base e ter a maior votação histórica do Maranhão para a vaga.

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