Câmara: Lobby do Tigrinho quer incluir jogos de azar na PL que regula bets

Com texto do Projeto de Lei que regulamenta as bets alterado no Senado Federal, o PL 3.626/2023, do Poder Executivo, retorna a Câmara dos Deputados. O texto-base foi aprovado na forma do relatório do senador Angelo Coronel (PSD-BA).

Das mudanças significativas, os senadores retiraram os jogos de azar, cassinos on-line – a exemplo do Jogo do Tigrinho – e permitiram publicidades de casas de apostas em arena esportiva e patrocínio a atletas.

Lobby do Tigre na Câmara

Com a desculpa de maior arrecadação, o setor vai trabalhar para re-incluir os cassinos on-line no projeto. O relator senador Ângelo Coronel (PSD-BA) fez uma projeção (sem estudos aprofundados) que com os jogos de azar a arrecadação poderia chegar a R$ 10 bilhões já no ano que vem. 

Com a retirada das modalidades, ainda segundo o senador, a nova arrecadação prevista cai para 700 milhões. O próprio Coronel Angelo admitiu que as previsões são empíricas.

As plataformas querem que o projeto seja aprovado nos próximos dias, já que o Congresso entra em recesso na semana que se avizinha.

Caça ao Tigrinho começou no Maranhão

A caçada ao Tigrinho começou na Assembleia Legislativa do Maranhão. O deputado estadual, Yglésio Moyses, denunciou a prática viciada do Jogo do Tigrinho. Sua denúncia na tribuna do Poder Legislativo resultou em operações da Polícia Civil no Maranhão e em um projeto de lei que proibiu a divulgação de jogos de azar em território maranhense.

A repercussão do caso chegou a inspirar outros estados ao mesmo combate. Em Curitiba, influenciadores foram presos por incentivar o ‘Jogo do Tigre’ que prometia dinheiro fácil.

Fácil, no entanto, era o dinheiro arrecadado pelos influenciadores que chegavam a ganhar. Segundo a polícia, eles ganhavam entre R$ 10 e R$ 30 por cada jogador novo cadastrado nas plataformas, esse era o grosso do lucro. Os suspeitos tinham cerca de 1 milhão de seguidores e ganhavam entre 5 mil e 15 mil por campanha de 7 dias.

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