Pedido de filiação no PT, do secretário de educação Felipe Camarão, marcado para o último sábado (05) e remarcado para esta segunda-feira (07), pegou pelo menos o deputado federal Zé Carlos (PT) desprevenido.
Indagado pela A Carta Política, o deputado Zé Carlos disse que “No PT há um processo estatutário que deve ser seguido. A filiação dele deve ser avaliada pela Executiva Estadual em conjunto com a Nacional e se isso ficar comprovado que será também bom também para o Partido, vejo que não terá problemas”.
Pelo menos em pronunciamento em vídeo, Zé Carlos não enxerga vantagens nesta filiação. O deputado federal petista divulgou um vídeo e uma carta para o Coletivo Resistir e tratou como atropelada a forma que a filiação de Camarão está sendo tratada no partido.
Sob a ótica ideológica, Zé Carlos cobra filiações “raiz” e diz que Camarão não tem afinidade ideológica com o PT. O petista diz que Camarão tem usado toda estrutura da Seduc para “convencer” os companheiros do PT e ainda dispara contra o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Washington Oliveira, ex-vice-governador do Maranhão e militante histórico do PT, mas sem poder participar da vida partidária por conta do cargo que ocupa.
O anúncio de Camarão, hoje, foi mais tímido, onde vai submeter um pedido de filiação. “Pedirei para ingressar na sigla com muito orgulho e determinação em fazer o melhor para meu estado e meu país”, prometeu pelo Twitter. Apesar de anunciar que deve concorrer ao cargo de deputado federal, a ida de Camarão ao PT tem outro propósito. De ser vice na chapa encabeçada por Carlos Brandão, que assume o cargo de governador com o pedido de afastamento de Flávio Dino no próximo ano, para concorrer ao Senado Federal.