O senador Weverton Rocha (PDT), candidato ao Governo do Maranhão, saiu menor nestas eleições.
Das cidades que achava que sairia vitorioso, por ter aliados no comando das cidades, Weverton Rocha saiu humilhado nas urnas de todas.
O candidato do PDT fez parte do governo Dino / Brandão durante os últimos sete anos e, de uma hora para outra, virou oposição voraz.
Para levar adiante o seu projeto pessoal, Weverton Rocha enterrou alguns aliados, principalmente os ocupantes de cargos eletivos na Câmara dos Deputados e Assembleia Legislativa do Maranhão.
Alguns prefeitos chegaram a perceber isso no meio do caminho e chegaram a declarar, pelo menos, apoio ao ex-governador Flávio Dino (PSB) como uma forma de amenizar a traição.
Nos melhores planos de Weverton, o senador acreditava na força da máquina municipal para fazer um levante contra o grupo Dino / Brandão em pelo menos sete municípios.
Em outras três, torcia por uma disputa equilibrada. O que aconteceu? A realidade foi muito aquém da expectativa.
No dia 22 de setembro, escrevi que Eduardo Braide (Sem partido) e Assis Ramos (União) não conseguiram impulsionar a campanha de Weverton Rocha em São Luís e Imperatriz.
Com as urnas abertas, a previsão – demonstrada em pesquisas – foi confirmada.
Weverton amargou o terceiro lugar com 14,73% em São Luís, mesmo tendo Eduardo Braide como seu cabo eleitoral.
Outro cabo eleitoral pífio para Weverton foi o prefeito Assis Ramos. Segundo as pesquisas contratadas por Weverton e divulgada aos quatro cantos por aliados, Rocha configuraria em primeiro lugar na cidade tocantina.
Conseguiu apenas 17,36%, o primeiro lugar ficou com o candidato Lahésio Bonfim (PSC).
Aliados foram reprovados nas urnas
Deve ter faltado argumentos para Luciano Genésio (PDT) e Luciano Leitoa (PDT) conseguirem votos para Weverton em suas respectivas cidades, Pinheiro e Timon.
Genésio além de não eleger suas candidatas a deputada estadual e federal, também só conseguiu garantir um terceiro lugar para Weverton na cidade.
Leitoa amargou uma dupla derrota. Perdeu para o primo e não se elegeu deputado estadual e Weverton saiu da cidade com 34,23% contra 47,5% de Carlos Brandão.
Weverton Rocha não conseguiu fazer a leitura da eleição e nem da interferência do cenário político nacional nas eleições do Maranhão.
Ao reconhecer a derrota, Rocha já se coloca como opositor ao governador reeleito, Carlos Brandão.
Estaria Weverton apostando em uma vitória de Bolsonaro?
Votação onde Weverton esperava vencer
IMPERATRIZ
Lahésio – 47,5%
Brandão – 33,58%
Weverton – 17,36%
TIMON
Brandão – 47,45%
Weverton – 34,23%
Lahésio Bonfim – 17,47%
SÃO JOSÉ DE RIBAMAR
Brandão – 47,24%
Lahésio Bonfim – 24,14%
Weverton Rocha – 22,03%
BALSAS
Lahésio Bonfim – 50,26%
Carlos Brandão – 29,82%
Weverton Rocha – 19,39%
AÇAILÂNDIA
Lahésio Bonfim – 53,83%
Carlos Brandão – 34,95%
Weverton – 9,88%
PINHEIRO
Carlos Brandão – 40,49%
Lahésio Bonfim – 31,78%
Weverton – 26,26%
CODÓ
Carlos Brandão – 49,60%
Weverton – 29,03%
Lahésio Bonfim – 20,34%
Votação onde Weverton esperava disputa equilibrada
SÃO LUÍS
Carlos Brandão – 45,57%
Lahésio Bonfim – 27,98%
Weverton Rocha – 14,73%
CAXIAS
Carlos Brandão – 47,07%
Weverton Rocha – 31,51%
Lahésio Bonfim – 20,19%
PAÇO DO LUMIAR
Carlos Brandão – 53,88%
Lahésio Bonfim – 26,41%
Weverton Rocha – 12,21%