A discussão cultural tem que fugir do palanque eleitoral

Foto: Sobre o Tatame

Os últimos acontecimentos na Cultura, especificamente envolvendo o Tambor de Crioula dentro do Mercado das Tulhas, ganhou proporções para além do segmento cultural e invadiu, de maneira proposital, o ringue eleitoral da campanha que se avizinha.

E nesta seara, sem se colocar como candidato, elegeram o prefeito de São Luís, Eduardo Braide, como inimigo da cultura e perseguidor religioso.

O entrave é exclusivamente jurídico-administrativo, do que político-cultural da cidade de São Luís. Mas os atores que levantam a voz em defesa do Tambor de Crioula parecem, neste momento, com um intuito maior em tirar o “cultural” do termo e agarrar-se tão somente em um patrulhamento político.

Segundo apurado pelo site A Carta Política, houve uma preocupação do Ministério Público do Maranhão, por meio do promotor Cláudio Guimarães, para dar as condições necessárias para a realização de eventos de qualquer natureza ou cultural/religioso dentro do Mercado das Tulhas.

O grupo que protagoniza o vídeo viralizado nas redes sociais estava ciente da vistoria do MP, no Mercado das Tulhas. Houve uma reunião entre o MP, Semapa e o grupo em questão.

No dia 20 de abril, o promotor Cláudio Guimarães avisou da vistoria a ser realizada na próxima terça-feira (26), e antes disso, ficaria impossibilitado de realizar qualquer evento dentro do Mercado.

O caso é somente esse. Qualquer argumento fora dessas linhas é do foro eleitoral. E para fortalecer a cultura do Maranhão, neste caso, da capital e mais especificamente, do Tambor de Crioula – Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro, os atores públicos, culturais e políticos devem nivelar a discussão bem mais acima da colocada aqui.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *