Weverton não é exemplo em sua própria fala

Weverton sempre ladeado do deputado federal Arthur Lira

O senador Weverton Rocha (PDT), que discute ideologia só em eleição, questiona a escolha colegiada pelo vice-governador Carlos Brandão (PSDB), baseando-se em posição ideológico-partidária.

“Nada contra o doutor Carlos Brandão, acontece que nós temos pensamentos diferentes. O Brandão é de um campo político. Nós somos do outro”, disse Rocha, completando que a presença de Brandão no campo progressista (com ingresso no PSB), é o bastante para tirar a legitimidade de ser o candidato do grupo de Flávio Dino.

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Fatos recentes mostram que esse argumento só faz parte de um enredo criado pelo PDT. Nesse sentido, a própria pré-candidatura de Weverton tem raízes em partidos de direita.

O senador não conseguiu a adesão de nenhum partido relevante à esquerda. O único que representa esse campo é o próprio PDT. O seu representante, contudo, tem deixado a “bandeira de luta” guardada no gabinete para flertar com o bolsonarismo.

DEM, PSL, PP e Republicanos são os partidos do famigerado centrão, sempre criticados pelo senador quando assuntos ideológicos lhes convém. 

Para ter a simpatia desses partidos, no Maranhão, Rocha teve que conversar com figuras como ACM Neto, presidente do DEM; Rodrigo Maia DEM, então presidente da Câmara dos Deputados; Ciro Nogueira, presidente do PP e Ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro; Bispo Marcos Pereira, presidente do Republicanos e membro da Igreja Universal do Reino de Deus.

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Candidaturas conservadoras na eleição municipal

Não muito distante, Weverton Rocha elegeu como candidato do continuísmo do PDT, na máquina da Prefeitura de São Luís, o deputado estadual Neto Evangelista.

Neto é quadro histórico do PSDB, afirma nunca ter votado em Lula, e está no Democratas depois do senador Roberto Rocha tomar a sigla tucana de assalto nas eleições de 2018.

No segundo turno, Rocha teve a oportunidade de tender um pouco mais à esquerda se houvesse cumprido o acordo de marchar no segundo turno com o candidato do grupo Flávio Dino. Mais uma vez, preferiu escolher por um candidato “do outro campo político”.

A insatisfação pessoal se sobrepôs à decisão de grupo.

A própria migração de Carlos Brandão, do PSDB ao PSB, para obter apoio do Partido dos Trabalhadores e do ex-presidente Lula, nas próximas eleições, não passou despercebida por Weverton Rocha.

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O senador do PDT tem atuado, em Brasília, para tomar o controle do mesmo PSDB que critica quando não está sob suas hostes.

Pela matemática, uma candidatura que não pode ser, nem de perto, considerada progressista é a do senador do PDT. Que mostra, com exemplos práticos, que deixa as questões ideológicas para discutir somente nas eleições.

E que não é exemplo em suas próprias falas.

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