Mudança de postura do senador revela a mudança de sua tática eleitoral. Rocha já luta para o grupo ter pelo menos dois candidatos ao Governo do Maranhão; decisão rasga acordo assinado por líderes partidários
O senador Weverton Rocha, do PDT, mudou o tom em relação ao governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB). Sabedor que será difícil, ou quase impossível, de ser escolhido como candidato do grupo, Weverton adota um tom pacificador para ter sua candidatura abonada por Dino sem tornar-se, necessariamente, um adversário mortal.
Rocha agora trabalha para o governador permitir que o seu grupo político tenha mais de um candidato. Com o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) quase garantido na principal cadeira do Palácio dos Leões, Weverton quer ser o número dois, sendo a exceção à regra estabelecida pelo próprio governador: que não haveria racha no grupo.
Quem também trabalha para isso acontecer é o deputado federal licenciado, Márcio Jerry (PCdoB). Do mesmo partido do presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, Othelino Neto (PCdoB), Jerry não tem interesse em Carlos Brandão ter vida fácil nas próximas eleições.
Weverton e seu grupo apostam no controle da mídia para desgastar Brandão quando o jogo realmente começar. A mesma tática já foi usada em eleições recentes, mas na última tentativa, nas eleições municipais de São Luís, não surtiu efeito por conta do eleitorado já ter sido vacinado contra a desinformação.
“Quero destacar a postura republicana que o governador Flávio Dino teve. Deixou cada se viabilizar. Isso nos dá as condições de chegar hoje querendo ser o candidato do governador, do presidente Lula, do Ciro, mas queremos ser a candidatura do povo”, afirmou Weverton em comício. O ‘pito’ de Flávio Dino parece ter surtido algum efeito.
