Ainda sem definição sobre o rumo que deve tomar no Maranhão, o Partido dos Trabalhadores só tem uma certeza: continuar as políticas públicas do governo Flávio Dino.
Entre os dirigentes do PT, o discurso está alinhado em torno do governador Flávio Dino: com apoio a sua candidatura ao Senado e caminhar para o Governo com quem Dino apontar o dedo. Hoje, a corrente mais forte é a do vice-governador, Carlos Brandão (PSDB).
Mas há forças também, externas, para que o partido do ex-presidente Lula siga com o senador Weverton Rocha (PDT). Em Brasília, o senador tem buscado figurões do partido para cooptá-los como entusiastas e cabos eleitorais de sua pré-candidatura.
O partido até então, mesmo sem destacar, não discutiu sobre uma candidatura própria ao governo. Talvez por ter uma estratégia tática prioritária: eleger o ex-presidente Lula e derrotar o presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido). Ter no mínimo 100 deputados em Brasília é outra prioridade petista.
Sob a benção de Flávio Dino, o secretário estadual de Educação, Felipe Camarão, chegou ao PT a pouco tempo. Teve sua ficha abonada e é o nome forte para ampliar o número de deputados na Câmara Federal. Só que a presença de Lula no Maranhão após a visita de Flávio Dino ao ex-presidente, em Brasília, pode mudar o destino de Camarão.
Há expectativa que para não desagradar nenhum aliado, o presidente Lula reivindique, pela primeira vez, uma candidatura forte para o Governo do Maranhão. Seria uma forma de fazer um palanque forte para Lula no Maranhão, fortalecer a bancada federal e agradar Flávio Dino em sua sucessão. Lula já acompanha o trabalho de Camarão na Seduc pelo Twitter.
Dino que deixou livre seus aliados a viabilizarem sua campanha, não limitou esse período de pré-campanha aos competitivos Carlos Brandão e Weverton Rocha. Entusiastas de Felipe Camarão ao Governo argumentam que o nome do secretário de Educação já está sendo monitorado pelo Palácio dos Leões – leia-se Flávio Dino – há um bom tempo.
A presença do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Júnior (PSD), também acendeu o sinal amarelo. Acredita-se que a disputa para o governo possa ser de políticos da mesma geração. No entanto, a aversão de Flávio Dino pela candidatura de Weverton Rocha tem alimentado o entusiasmo por Felipe.
Com ensaio de pré-candidatura ao Governo, Felipe pode deixar público seu desejo de tornar-se Governador do Maranhão após a visita de Lula ao Maranhão.
