Lula quer metade do congresso progressista e dispara: “política não se faz só com quem a gente gosta”

Luiz Inácio Lula da Silva, que pretende retornar ao Palácio do Planalto e destronar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), foi bem claro na entrevista coletiva, nesta sexta-feira (20), em sua despedida do Maranhão. A prioridade é sua eleição, com ajuda de todas as forças que se opõem a Bolsonaro.

Lula (PT) tem viajado o Nordeste para “conversar” com todas as forças políticas. No Maranhão, a expectativa criada para uma antecipação da decisão de qual caminho o Partido dos Trabalhadores seguirá foi totalmente frustrada.

Durante a entrevista para jornalistas na Feteaema (Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras do Estado do Maranhão), o ex-presidente disse que sai do Maranhão sem nenhuma aliança firmada e que essa costura será da presidente do partido Gleisi e o governador Flávio Dino (PSB). E mandou um recado para o senador Weverton Rocha (PDT), que estava presente de que “política não se faz só com quem a gente gosta”.

O senador tem apostado na afinidade com Lula para receber o apoio de sua candidatura ao governo do Maranhão. Mas pelo posicionamento de Lula, é o ex-presidente que vai precisar de Weverton Rocha, só que em Brasília. “Sabe o que acontece: um governador quando toma posse, ele fica preocupado com administração, às vezes ele precisa de relação com o Governo Federal porque precisa de recurso. Ele é mais humilde. Um senador vira um Deus. E, por isso, que eu quero muito senador no Congresso Nacional. É preciso ter muito senador no Congresso Nacional e muito deputado federal”, disse Lula ao afirmar que deseja metade do Senado Federal e Câmara dos Deputados alinhados no campo progressista.

Após a coletiva, indagado pela A Carta Política, o senador Weverton avisou que mandará um senador progressista (Flávio Dino) e que será um governador deste campo. “O campo progressista tem tudo para ser fortalecido. Vamos mandar um bom senador para lá, do campo nosso, do PSB [Flávio Dino], e vamos manter os governos progressistas, por isso eu sou candidato a governador e serei governador se Deus quiser, mantendo essa agenda progressista“, respondeu Weverton Rocha, esquecendo que caso seja “um governador progressista”, Lula – se faturar a eleição – vai ganhar um “deus” do Democratas, é o caso do primeiro suplente de Weverton: Roberth Bringel.

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