O vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), mudou a lógica do noticiário político dessa semana.
O protagonismo estava todo inclinado de ser para o lançamento da pré-candidatura de Duarte Júnior (PSB) pela Prefeitura de São Luís, ocorrido na segunda-feira, 01.
Mas outra estrela entrou em cena, uma vermelha, para implodir o lançamento. Escalado para coordenar a campanha de Duarte Júnior, o vice-governador e titular da Seduc, Camarão, teria que deixar a pasta para dedicação exclusiva na vitória do pré-candidato do seu grupo. O acerto final para a saída aconteceu na terça-feira, 02.
Por trás da foto de Brandão e Camarão e a legenda sobre sua saída e o nome da substituta, havia o consenso entre o governador e o vice.
Certo que Camarão soube que a secretária Extraordinária de Gestão dos Recursos Federais, Jandira Dias, ficaria no seu lugar somente nesta reunião. Mas não houve nenhum obs quanto a isso. E Brandão perguntou se tinha algum problema. A resposta foi negativa.
A estremecida na base e o início do apagamento do lançamento começou após Camarão sair da reunião no Palácio dos Leões e fazer ligações para aliados da base, fora da base e até apelou para recursos supremos.
Todos foram no mesmo sentido: incentivaram desacordar o acordado com o governador.
Para quem deseja governar o estado tem que apurar o sangue frio para uma situação como essa. Pedir, no mínimo, um tempo para respirar e pensar.
Essa instabilidade pode colocar o vice-governador Felipe Camarão em uma situação nada confortável no futuro, que é ser o causador do esfacelamento do grupo dinista por este ter apostado todas as fichas em seu nome sem a chance de reposição da peça.
E o lançamento de Duarte? Passou despercebido na semana turbulenta da base do governador Brandão.