Itapecuru-Mirim: Coroba gasta R$ 5 milhões com empresa de foragido 

O prefeito de Itapecuru-Mirim, Benedito Coroba, gasta mais de R$ 5 milhões com empresa de coleta de lixo na cidade. O contrato é alvo de investigação sigilosa no Gaeco do Ministério Público do Maranhão.

A empresa é de propriedade de Tiago Robson de Carvalho Lima, alvo de recente operação do Gaeco nesta quarta-feira (13), relacionado com  contratos na cidade de Cantanhede. Na operação foi feito seu pedido de prisão e ele segue foragido.

Entenda o caso

  • A gestão do prefeito Coroba aderiu a uma ata de preço da cidade de Buriticupu. A empresa contratada é a T R De C Lima, que tem como nome de fantasia Vox Ambiental, sediada na cidade de Nina Rodrigues, no Maranhão.
  • O proprietário da empresa, Tiago Robson de Carvalho Lima, é dono da extinta empresa Ipiranga Empreendimentos E Locacao Eireli. Mesmo baixada, as relações da empresa com a prefeitura de Cantanhede, durante a gestão do prefeito Marco Antônio Rodrigues de Sousa, o “Ruivo”, foi alvo de Operação do Gaeco nesta quarta-feira, 13.
  •  Segundo investigações, conduzidas pelo promotor Márcio Antônio Alves de Oliveira, da Comarca de Cantanhede, a empresa de Tiago Robson alugava veículos para a prefeitura de Cantanhede sem possuir nenhum veículo cadastrado. O que pode configurar em uma empresa de fachada. Com duração de um ano de contrato, a relação do Município com a empresa causou um prejuízo de aproximadamente R$ 1 milhão.
  • O empresário que mantém relação com a Prefeitura de Itapecuru-Mirim também é réu em outra ação, que envolve fraude de licitação na cidade de Presidente Juscelino, também no Maranhão.
  • O contrato de Tiago Robson, por meio da empresa Vox Ambiental, com a gestão de Coroba, em Itapecuru-Mirim, não fugiu aos olhos do Ministério Público do Maranhão.
  • O Gaeco abriu o Procedimento Investigatório Criminal nº. 023834-750/2022 para apurar a constituição de uma organização criminosa para fraudar contratos administrativos de prefeituras, incluindo as prefeituras de Buriticupu e Itapecuru Mirim, operada pela empresa T R DE C LIMA (Vox Ambiental).
  • A investigação é sigilosa, mas é possível ter acesso a movimentação da investigação no Ministério Público por meio do sistema do próprio MP. O Parquet chegou a pedir cópia dos contratos com a Prefeitura de Itapecuru Mirim e solicitou análise técnica da assessoria da Procuradoria de Justiça em São Luís.
  • O serviço de coleta de lixo em Itapecuru-Mirim é precário. Apesar de contrato dispendioso de mais de R$ 5 milhões por ano, cerca de R$ 450 mil por mês, a licitação abre indícios de direcionamento e prestação de serviço aquém do esperado, o que pode fazer do contrato ser utilizado para outras finalidades.

Contrato Nº 078/2021

Movimentação da investigação

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