Na Câmara Municipal de São Luís tem montada uma oposição de ampla maioria ao prefeito Eduardo Braide (PSD). Diferente do que possa parecer, essa realidade, até então, passa longe dos problemas do prefeito de São Luís.
Apesar dos últimos movimentos, que vou comentar a seguir, Braide tem mostrado superioridade nas matérias de seu interesse dentro do plenário.
Quando perdeu nos votos, reverteu a situação no poder judiciário.
Ou mesmo, no jogo político, consegue colocar a Câmara contra a opinião pública e manipula os fatos ao criar uma narrativa paralela. Essa versão é difundida por meio de suas redes sociais.
Sem dar ouvidos aos vereadores, os edis acabam por espernear. A Câmara é o último dos problemas de Eduardo Braide, pelo próprio fato da Câmara não conseguir imprimir uma oposição séria, de fato e eficaz.
O caso dos precatórios do Fundef, em que Braide vetou as emendas dos vereadores e logo em seguida enviou um projeto com as emendas vetadas, os vereadores abriram uma ofensiva contra o executivo.
Na sessão da última terça-feira (07), o presidente Paulo Victor (PSDB) fez um discurso em que chamou o prefeito de “covarde”, os vereadores derrubaram dez vetos.
No dia anterior, o vereador Beto Castro (PMB) fez o pedido da criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os contratos firmados pela Prefeitura de São Luís.
Desses últimos movimentos, somente a CPI dos contratos de Braide pode alterar a paz do prefeito. Haja vista, que é notório que a gestão Braide é marcada pela falta de transparência em todos os aspectos.
Mas se o tom de oposição for igual ao de outras CPIs, como a do transporte público, ou de outros embates perdidos pela Câmara, a Casa legislativa continuará a ser o último dos problemas de Eduardo Braide.