Ainda ontem (30), o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), começou uma reforma administrativa em seu governo.
Longe da política que o elegeu, essa reforma não deve ser uma reaproximação de Braide com a classe política com acomodação de espaços para lideranças e partidos políticos.
Os primeiros nomes anunciados em seu Twitter são uma dança das cadeiras com secretários assumindo novas funções dentro da estrutura já existente. Cito as mudanças até então ao fim do texto.
Esse distanciamento tem um motivo de ser. Braide tem presença digital forte e conseguiu criar uma bolha para divulgar suas propagandas, com isso tem conseguido manter bons índices de aprovação.
A artimanha lhe rendeu a alcunha de “Prefeito Tik-Tok”.
Braide só pode ser desbancado do cargo se a oposição jogar com um único adversário em comum, mas o prefeito de São Luís conta com a repetição do erro de 2020, onde o rol de candidatos contra sua posição se engalfinharam no primeiro turno e colocaram tudo a perder no segundo turno.
Braide conseguiu apoio importantes de adversários no segundo turno e os deixou de fora da administração ou de qualquer aproximação com o Palácio La Ravardière. Essa fissura pode ser amenizada com o tempo. Tempo que no braço de Eduardo Braide tem um relógio que tem um toque do tempo diferente. Mais lento e surdo.
E é nesse contexto que eu completo o título da análise: “Eduardo Braide muda secretários da prefeitura, mas ainda não acena para classe política”.
Sobre as mudanças já anunciadas
Mudanças na Semad (Secretaria de Administração), PGM (Procuradoria-Geral do Município), Escola de Governo, Seplan (Secretaria Municipal de Planejamento).
Semad – Mariana Miranda deixa a pasta e assume a Escola de Governo. Quem assume a Semad é Octávio Soares.
Seplan – Octávio Soares deixa a Secretaria Adjunta da Seplan e assume a Semad
PGM – Bruno Duailibe deixa a Procuradoria para assumir a Assessoria Técnica da Secretaria de Governo. Quem assume a PGM é Valdélia Campos.