“Não dá para irmos para o terceiro ano sem aulas em São Luís”, critica Carlos Lula

Em sua rede no Twitter, o secretário de Saúde do Maranhão, Carlos Lula, alertou para a segurança do retorno às aulas presenciais e o prejuízo às crianças do ensino infantil. Na última sexta-feira (28), a Prefeitura de São Luís adiou o retorno do ano letivo 2022, na contramão de diversas capitais do país.

“Eu entendo a dificuldade do momento, mas já são praticamente 2 anos sem aulas em São Luís. Isso é preocupante. Uma perda irreparável para nossas crianças. Cidades menores, com bastante cautela, já conseguiram retomar as aulas. Por que a capital do estado não conseguiu?”, questiona o secretário.

Já iniciaram o ano letivo 2022 as capitais Belém e Goiânia. De 31 de janeiro a 4 de fevereiro, as cidades de Recife, Palmas, Salvador, Fortaleza e Belo Horizonte também anunciaram o retorno 100% presencial.

O adiamento, segundo nota da Prefeitura, é necessário em razão do aumento dos casos de Covid-19 e síndromes gripais. Contudo, a incidência de novos casos da capital maranhense não se diferencia das demais regiões, que vão retornar com as aulas presenciais.

O secretário Carlos Lula ainda faz algumas considerações sobre a segurança do retorno das atividades em sala de aula e sugere a escola como estratégia para avanço da vacinação contra a Covid-19. “Todos os professores e demais funcionários ativos já estão vacinados. E o melhor lugar para vacinar crianças e adolescentes rapidamente é na escola, não nas férias eternas ou com atividades remotas. A perda pra vidas das crianças é incalculável”, tuitou.

Desde julho de 2021, UNICEF, UNESCO e OPAS/OMS publicaram o manifesto “Reabertura segura das escolas é urgente para garantir direitos de crianças e adolescentes”. Ao adiar o ano letivo, a Prefeitura de São Luís demonstra que não faz a lição de casa.

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