Pinheiro: Alvo da PF, empresa faturou quase R$ 600 mil só em dezembro

A Prefeitura de Pinheiro, sob a gestão de Luciano Genésio (PP), foi alvo de uma operação da Polícia Federal batizada de “Irmandade” em alusão à prática de corrupção, segundo a política, do prefeito afastado Luciano, seu irmão e amigos.

Somente uma empresa dos “irmãos Trinta”, que também foram alvo da PF, faturaram quase R$ 600 mil, em contratos, somente em dezembro. 

Danilo e Renato Trinta tiveram dois contratos celebrados com Luciano Genésio no valor de R$ 586.136,35. A empresa, que ganha contratos com facilidade em Pinheiro, é a R. S. T. ABREU EIRELI.

No início de dezembro a empresa dos “irmãos Trinta” assinou um contrato de aquisição de material de limpeza, expediente, higiene pessoal, copa e cozinha, segundo dados coletados do Tribunal de Contas do Estado. 

Só nessa celebração a cifra ficou cravada em R$ 215.838,40.

Outro contrato celebrado entre a empresa de Danilo e Renato Trinta foi para a aquisição de gêneros alimentícios para atender secretarias (diversas) no município. Nessa ‘oportunidade’, os irmãos foram agraciados pela gestão de Luciano Genésio com R$ 370.297,95.

Saque e depósito na conta do prefeito afastado Luciano Genésio

Segundo o delegado federal Roberto Costa, em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (12), a suposta organização criminosa repassava o dinheiro para o prefeito Luciano Genésio logo após receber da Prefeitura de Pinheiro. Havia, ainda segundo o delegado, três formas do dinheiro chegar até o destinatário principal, no caso Genésio.

A primeira é em depósitos diretamente na conta do gestor público. No mesmo dia do pagamento da prefeitura para empresa ou um, ou dias depois. A segunda forma é por meio do saque na boca do caixa e o dinheiro é repassado em espécie à Luciano. A terceira forma era por meio de intermediários indicados pelo gestor.

Só nessa operação deflagrada pela Polícia Federal, os investigadores identificaram o suposto desvio de R$ 38 milhões. Danilo e Renato Trinta, por outro lado, já celebraram quase R$ 50 milhões com o prefeito Luciano Genésio por meio de suas empresas. 

A Polícia Federal acredita que Genésio é o verdadeiro dono das empresas alvo da Operação “Irmandande”. O irmão de Genésio, Lúcio André, tem procuração com plenos poderes sobre as empresas.

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