Dino cancela reunião com partidos e prolonga sonho de unificação de forças

Pressionado pela imprensa por conta do pico da pandemia, Flávio Dino (PCdoB) resolveu cancelar a reunião desta segunda-feira (31), em que receberia presidentes de partido que compõem a sua base eleitoral. Os últimos dias foram de queda de braço, em que as maiores forças que podem suceder Dino – Carlos Brandão (PSDB) e Weverton Rocha (PDT) – caminharam no sentido de mostrar viabilidade de grupo e, o principal, de candidatura.

Hoje, no último dia de maio, ficaria estabelecido como o marco inicial da campanha eleitoral de 2022. As negociações paralelas dariam espaço para um jogo mais claro do que ainda está por vir. Flávio Dino, que já falou para um grupo reservado que prefere Carlos Brandão como seu sucessor, teria a oportunidade de sustentar o dito ou dar mais esperança para Weverton Rocha e deixar registrado como não dito.

A verdade é que este sonho prolongado pode-se tornar um pesadelo para ambos os lados, principalmente para o senador Weverton Rocha, que tem uma vantagem (ou nem tanta assim) de ter um grupo de políticos ao seu lado dispostos a dar declarações de apoio sistemáticas no Sistema Mirante.

Resta saber se Rocha consegue manter este grande grupo ao seu lado com a ausência do poço sem fundo da máquina da Prefeitura de São Luís (que o PDT perdeu) e do Governo do Maranhão (caso haja rompimento).

Rocha, que gosta de misturar futebol com política, sabe que o jogo só acaba quando termina. Então, deve caminhar para que Flávio Dino aceite ter dois times em campo e ao mesmo tempo duas torcidas ao seu favor para o Senado. Pode até ser que Flávio aceite jogar com o time A e time B nas próximas eleições, mas Weverton sabe o peso de um patrocínio master estampado no peito da camisa. Faz toda diferença. E quem deve ter, ao que parece, é o vice-governador Carlos Brandão.

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