Com início da temporada de pesquisas eleitorais para analisar o cenário da sucessão do governador Flávio Dino (PCdoB) é também tempo de avaliar as armas dos principais candidatos do campo governista, no caso o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) e o senador Weverton Rocha (PDT).
O senador Weverton trabalha para constranger o grupo Dino ao ponto de tornar a sua eleição um fato irreversível. Com a promessa de Flávio Dino tratar do assunto somente no final do ano, o presidente do PDT dá um passo à frente para criar uma assembleia partidária a seu favor.
Se Dino consultar os caciques partidários, o PDT e aliados querem ter votos suficientes para alcançar a preferência dinista. Uma realidade matemática, mas o arsenal é muito maior para fechar a equação.
Com o background de combate à covid-19, Weverton convocou seu time para uma reunião em Brasília. A senadora Eliziane Gama (Cidadania), os deputados federais: Pedro Lucas (PSL), Gil Cutrim (Republicanos), Cleber Verde (presidente do Republicanos), Juscelino Filho (presidente do DEM), o presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Othelino Neto (PCdoB), o vice-presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputado Glabert Cutrim (PDT), o presidente da Famem, Erlânio Xavier(PDT), o presidente da Câmara de Vereadores de São Luís, Osmar Filho (PDT), o ex-prefeito de Timon, Luciano Leitoa (presidente do PSB), o ex-juiz e advogado Carlos Madeira (Solidariedade) e o secretário de Desenvolvimento Social Márcio Honaiser (PDT) participaram do encontro para uma primeira assembléia partidária pública.
Apesar de dizer sempre que o governador Flávio Dino é o líder do grupo político que está no comando do Maranhão, Weverton tem trabalhado para aglutinar forças independente de origem política, que vai do prefeito Eduardo Braide ao presidente do PCdoB, o deputado Márcio Jerry. Sem esquecer da aliança histórica que fez com a ex-governadora Roseana Sarney na eleição para prefeito de São Luís, quando o MDB apoiou o então candidato Neto Evangelista (DEM), nome de Weverton para a disputa. O senador Weverton Rocha vai voltar toda sua artilharia para o Palácio dos Leões para que Brandão possa pedir rendição.
E Carlos Brandão… O vice-governador Carlos Brandão (PSDB) tem a palavra do governador Flávio Dino (PCdoB). Aos seus auxiliares, o governador Flávio Dino deixa claro que qualquer decisão tem que passar por Carlos Brandão e que não se pode desconsiderar o fato de que ele será governador já a partir do próximo ano. Sem declarações diretas e públicas de que é candidato, Brandão tem atuado como homem forte do governo, por vezes com a caneta de governador na mão e em silêncio aguarda o momento de virar o jogo a seu favor.
Somente com a palavra de Dino, Brandão não conta de forma deliberada da estrutura do governo para firmar compromissos políticos com suas bases eleitorais. Resta, neste momento, Brandão confiar que ser governador é só questão de tempo. Não se sabe, porém, se terá tempo necessário para garantir uma reeleição.
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