O lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-TL, que aconteceria nesta quarta-feira (21), no Centro de Lançamento de Alcântara foi adiado novamente. Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), uma questão de ordem técnica impediu a realização do lançamento experimental do foguete, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara.
Aida de acordo com a FAB, os profissionais da empresa sul-coreana Innospace já estão conduzindo uma avaliação técnica detalhada para que o problema seja sanado e, com segurança, o lançamento possa ser efetuado em data a ser definida. Esta é a terceira tentativa de lançamento do dispositivo desde a chegada dele ao Estado.
A empresa Innospace, empresa privada que está realizando o lançamento, em parceria com a Agência Espacial Brasileira, caso não seja possível, o lançamento deve acontecer somente em 2023.
A operação deveria acontecer nesta terça-feira (20), mas foi adiada após a Innospace sentir a necessidade de realizar um novo exame na válvula do foguete. O lançamento inicial que estava previsto para segunda-feira (19) foi suspenso devido as condições meteorológicas.
O HANBIT-TL é um lançador de satélites e a operação realizada nos últimos dias deve confirmar a capacidade de enviar, futuramente, um nanosatélite para o espaço a partir do CLA . O projeto se chama ‘SISNAV’ e está inserido dentro do Sistema de Navegação e Controle (SISNAC), previsto para o Veículo Lançador de Microssatélites (VLM) da Força Aérea Brasileira (FAB), focado em órbitas baixas.
O primeiro teste vertical do foguete foi bem sucedido e será a primeira vez que o Brasil realiza um lançamento experimental em conjunto com uma empresa privada de outro país.
A operação foi batizada de ‘Astrolábio’ e é uma parceria com a empresa sul-coreana Innospace, contando com a participação da Força Aérea Brasileira (FAB) e da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Previsão de novos lançamentos no futuro
O lançamento no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), localizado no município de Alcântara, a 30 km de São Luís, foi possível graças a um Acordo de Salvaguardas Tecnológicas (AST) feito pelo Governo Federal, em 2019.
Após a assinatura do documento, a Agência Espacial Brasileira (AEB) lançou um edital para atrair o interesse de empresas privadas na utilização do Centro de Lançamento de Alcântara. Quatro empresas foram habilitadas, dentre elas, a sul-coreana Innospace.
O acordo contém cláusulas que protegem tanto a tecnologia usada pelos norte-americanos quanto pelos brasileiros. Pelo acordo, os Estados Unidos poderão lançar satélites e foguetes do local, mas o território de Alcântara continuará sendo espaço de jurisdição brasileira.