Nos últimos dias, depois do banho de água fria que Weverton (senador pelo PDT-MA) e aliados tomaram com a receptividade governista da estadia de Carlos Luppi (presidente do PDT) e José Dirceu (ex-ministro de Lula e petista), o pré-candidato ao governo do Maranhão pelo PDT mudou de estratégia e encena rezar a cartilha do governador Flávio Dino
Prestes a iniciar o segundo tempo da pré-campanha que definirá a escolha de Flávio Dino, Weverton percebeu que empurrar seu nome goela abaixo não vai funcionar, como já ocorreu em 2018. Naquele cenário, no ano anterior das eleições gerais, Weverton já tinha garantido o primeiro nome na chapa de Flávio Dino para o senado. Usou da influência na executiva nacional pedetista para mostrar poder político e antecipar um apoio. O constrangimento não funcionou agora.
Desta vez, a fórmula foi perdendo cada vez mais força. A virada de chave para mudar de estratégia foi quando Carlos Lupi disse, em Teresina, que Weverton era candidato de qualquer forma mesmo sem apoio de Flávio Dino. O governador, que não provocou um encontro, foi procurado por Lupi para repetir o discurso feito longe da jurisdição dinista. Lupi saiu do encontro dizendo que precisava conquistar o coração do governador para Weverton ser candidato.
Weverton estará cada vez mais próximo de Brandão. A proximidade, no entanto, é com interesse de ocupar o lugar do vice-governador que é a preferência de Flávio Dino. Não só o senador, mas seus aliados também começam a participar dos encontros políticos realizados pelo Maranhão. A exemplo do deputado federal Gil Cutrim (Republicanos), que pregou união e disse que não era o momento de esticar a corda. O recado pode até servir para o Weverton, mas foi um recado do próprio senador ao seu maior adversário, Carlos Brandão.
Mais próximo do inimigo, Weverton não só ‘demonstra’ uma suposta lealdade ao governador Flávio Dino, mas observa de perto todos os passos de Carlos Brandão. Por meio de porta-vozes, tem lançado vice-candidaturas que nem de longe são preferência de Brandão, caso improvável de desistência do vice de Dino.
Pode até tentar não parecer, mas Weverton continua querendo tudo. E Flávio Dino sabe muito bem disso e, no caso, pode acabar perdendo uma possível indicação, prometida no passado, na majoritária.
Acredito que Weverton deverá manter essa estratégia até um certo momento da pré-campanha. No fim das contas, o que acaba rstando para o pedetista é a segunda vaga na chapa, a de vice, o que não seria algo ruim, ao meu ver, já que ele estaria naturalmente na linha de sucessão ao governo. Flávio Dino já tem o candidato dele…