O resultado mais efetivo da reunião ocorrida no Palácio dos Leões, nesta segunda-feira (05), foi a confirmação da liderança do governador do Maranhão, Flávio Dino (PSB), perante os partidos que lhe dão sustentação política para governar o Maranhão. Presidentes partidários e lideranças políticas ensaiavam uma nova era em que o líder não era consultado sobre qual decisão o grupo tomaria.
De início a atrapalhada eleição de São Luís, em que Flávio Dino deixou o grupo solto e permitiu que parte dos aliados apoiassem Eduardo Braide (Podemos) em detrimento de Duarte Júnior (PSB). Pensavam os mais assanhados que a sucessão do governador teria a mesma toada. Por isso a romaria de declarações pró-Weverton em que tinha a mesma sentinela: “Apoio Dino para o Senado, Weverton para o governo; Flávio Dino é nosso líder”, mesmo que Flávio nunca tenha deliberado publicamente sobre o assunto.
A jogada era clara e o senador Weverton sabia que tinha que marcar território. Agia para constranger Flávio Dino perante a classe política e estabeleceu regras que nunca foram pronunciadas pelo “líder do grupo”, como eles mesmo os tratam, respeitosamente.
O governador Flávio Dino fez duas reuniões. Uma com os principais postulantes, Weverton e Brandão; e outra com lideranças e presidentes partidários. Todos, sem exceção, concordaram que o grupo terá apenas um candidato. Com isso, os partidos que antes declararam apoio a Weverton passam agora a ser meramente torcedores da candidatura do presidente do PDT.
O discursos dos dirigentes partidários que declararam “Weverton governador” agora tem que ser: “Nosso grupo ainda vai definir quem será o candidato”. Sem nenhuma objeção na reunião, a frase “Flávio Dino é nosso líder” passa a voltar ter sentido no jogo político-eleitoral.