Uma segunda edição do chamado “Diálogos pelo Maranhão” aconteceu nesta sexta-feira (29), em Viana. Já leio aqui e ali uma tentativa de desqualificação do evento. “Flopou”, foi o que disse a deputada estadual Mical Damasceno em um vídeo já bastante compartilhado nas redes sociais e na imprensa.
Mas não, o evento não flopou.
A desqualificação é uma arma bastante usada no confronto político. O seu uso não pode ser banalizado, ainda mais nos tempos atuais onde tudo está disponível para tirar a prova dos nove.
O evento alcançou aquilo que estava proposto a fazer. A ideia do “Diálogos pelo Maranhão” é remontar ao período pré-2014. Onde um grupo se levantava contra um sistema político. Portanto, não há interesse de se fazer megacomícios, mas espalhar a mensagem pelo Maranhão e fortalecer uma narrativa que não se sustenta mais.
Os dois eventos até aqui foram exitosos. O de Caxias, por Flávio Dino também ter começado essa rodada de conversas por lá, e agora o de Viana. A baixada é pauta constante dos dinistas na Assembleia Legislativa do Maranhão.
Se o assunto chegar nos discursos de governistas na Alema, o confronto deve ser outro. Esse grupo de 2014 não existe mais. Eles não estão escanteados do poder, não são parte fora disso. São tão sistema (ou mais) que o próprio Palácio dos Leões.
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Só não gozam mais das benesses do poder por não ter aceitado o que foi lhe dado no governo. Queriam mais, mais e mais. Agora retornam à “trincheira de luta” com o mesmo discurso de 2014.
O que me chamou mais atenção, no entanto, foi o teatro protagonizado pelos deputados Rodrigo Lago, Leandro Bello e Othelino Neto. Sem sujar a mão de graxa, reclamaram de um pneu furado e culparam o governador Carlos Brandão. Enquanto um assessor gravava o vídeo, outros proletariados sujavam as mãos trocando o pneu de uma van muito confortável.
