Os milhões de sempre e a mesma lei do retorno

A Operação Lei do Retorno, deflagrada nesta terça-feira pela Polícia Federal, expõe uma ferida antiga da política maranhense: o desvio sistemático de recursos da educação. O caso tem como alvo o ex-prefeito de Caxias, Fábio Gentil, e envolve fraudes que ultrapassam R$ 50 milhões em verbas do FUNDEB.

O mecanismo, segundo os investigadores, seguia um roteiro conhecido: licitações manipuladas, contratos fraudulentos e retorno de parte dos valores aos agentes públicos. Trata-se de um padrão que se repete em diferentes gestões e municípios, sinalizando não apenas desvios individuais, mas a existência de redes estruturadas de corrupção.

📲 Leia nossas notícias antes de todo mundo. Participe do nosso Grupo do WhatsApp agora e fique bem informado!

O impacto político é direto. Fábio Gentil, que nos últimos anos buscou ampliar sua projeção regional, agora passa a responder pela acusação mais grave que pode recair sobre um gestor: ter se beneficiado de recursos destinados à educação básica. No Maranhão, onde os índices de aprendizado permanecem entre os piores do país, cada real desviado representa uma sentença contra o futuro das próximas gerações.

📲 Leia nossas notícias antes de todo mundo. Participe do nosso Grupo do WhatsApp agora e fique bem informado!

A operação da PF, portanto, não apenas lança luz sobre a conduta de determinados atores políticos, mas reabre o debate sobre a fragilidade da gestão educacional no estado e a ausência de mecanismos eficazes de controle social.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *