Durante o programa Xeque-Mate, comentários críticos apontaram que Eduardo Braide, mesmo liderando pesquisas para o Governo do Maranhão, parece ignorar completamente a articulação política necessária para sustentar uma candidatura estadual. Os jornalistas destacaram que, mesmo com poucos aliados — basicamente Aluísio Mendes e Cléber Verde —, Braide nunca sentou com esses nomes para comunicar uma eventual candidatura ou organizar minimamente um grupo.
A situação ficou ainda mais evidente com a declaração recente de Aluísio Mendes, que já começa a declarar apoio direto ao pré-candidato Orléans Brandão. Na fala, Aluísio condiciona seu apoio a um projeto político representado por Orléans, destacando que confia no estilo de liderança do governador Carlos Brandão, descrito como alguém que respeita o contraditório e sabe dialogar com aliados. Ou seja, enquanto Brandão costura alianças e acolhe apoios com paciência e estratégia, Braide segue apostando em silêncio e redes sociais.
Braide, segundo os comentários, se comporta como alguém que acredita ser onipotente, onipresente e onisciente, confiando excessivamente no favoritismo apontado pelas pesquisas. Mas esse favoritismo, alertam os analistas, pode ruir sem uma base política sólida, especialmente no interior do estado, onde 70% dos votos estão nas mãos de lideranças políticas locais — prefeitos, vereadores, ex-prefeitos e ex-candidatos — que esperam ser ouvidos e mobilizados por qualquer postulante ao Palácio dos Leões.
A crítica mais contudente ficou para a forma como Braide conduz sua imagem política: com vídeos e dancinhas no TikTok. Isso, afirmam os jornalistas, até funciona para eleição em capital, onde há voto de opinião, mas numa disputa estadual o cenário muda completamente.
Sem a adesão da classe política, o prefeito de São Luís corre o risco de depender apenas de votos soltos, o que pode ser fatal em cidades onde os grupos políticos organizados dominam o pleito.