Com o placar de 6 a 0 no STF, a presidente da Assembleia, Iracema Vale (PSB), garante uma vitória sob o coronelismo machista predominante na política brasileira, sobretudo no Maranhão.
A tese de sustentada por Othelino Neto é fruto desse pensamamento que os homens devem ditar os rumos políticos. Othelino defendeu com unhas e dentes uma regra extramemente arcaica e machista ainda válida na Câmara dos Deputados.
Pela regra defendida por Othelino, em caso de empate, leva a vitória aquele mais tradicional, o que tem mais mandatos. Ora, em uma sociedade em que as mulheres não tem oportunidade de ocupar espaços de poder, quem vai ter mais mandatos? Os homens, brancos, de famílias tradicionais e já inserida no contexto político-social, como Othelino Nova Alves Neto.
Mesmo com 30 anos na política e com uma regra regimental mais antiga que seu ingresso na política, Iracema ainda estava sob ameaça e tendo que provar que era merecedora dos 21 votos que a reconduziram à reeleição na Assembleia Legislativa do Maranhão.
Sob as sombras que artomentaram a segurança jurídica de uma legislatura, Iracema não ganhou de Othelino, mas do machismo político que ele insiste em representar, aqueles só os homens e os de nome podem fazer parte.
Prevaleceu a Constituição e a regra mais justa para desempates: a idade.