PSD vai estar com o PT no Nordeste em, no mínimo, três estados 

Ambiente fértil para uma insurgência contra o Palácio dos Leões, recoloca Camarão como o nome de Brandão para sucedê-lo 

O PSD tem se fortalecido cada vez mais no Nordeste. Recentemente filiou a governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, ao partido. Lyra era filiada ao PSDB e optou pelo partido de Gilberto Kassab sem assumir o compromisso de apoiar o nome do partido pela presidência, caso haja candidato.  

A governadora de Pernambuco vai levantar o braço de Lula (PT) em seu estado. Não é só em casos como o de Raquel Lyra que o PSD vai estar próximo do lulopetismo. Em outros dois estados, o PSD e PT estarão juntos na chapa majoritária.  

No Piauí, o governador Rafael Fonteles (PT-CE) deve contar com o deputado federal Júlio Cesar (PSD-CE) como um dos candidatos ao Senado Federal. Já no Ceará, o deputado federal Domingos Neto (PSD-CE) marchará ao lado do governador Elmano de Freitas (PT-CE) sendo o candidato a vice-governador ou mesmo ao Senado Federal.  

Em solo ceareanse, familiares do deputado Domingos Neto já se entrelaçam com o petismo. O pai é secretário de Estado, enquanto sua irmã, Gabriela Aguiar, é vice-prefeita de Fortaleza. O prefeito Evandro Leitão, é do PT. Em Sergipe pode ter a presença do PT de Lula e o PSD de Kassab no mesmo palanque. O governador Fábio Mitidieri (PSD-SE) pode ter o petista Márcio Macedo como seu candidato a vice. 

Situação do Maranhão 

No Maranhão, o PSD é uma miscelânia. Participa do governo, faz parte da base na Assembleia e é presidido pelo prefeito de capital, Eduardo Braide, que está em campo oposto do governador Carlos Brandão (PSB).  

Recentemente, Braide esteve próximo do grupo mais ligado ideologicamente com o vice-governador Felipe Camarão (PT), que é pré-candidato ao governo. Nomes como Rodrigo Lago, Carlos Lula, Júlio Mendonça, Ricardo Rios, Leandro Bello, Francisco Nagib estiveram em sucessivos encontros com o prefeito de São Luís.  

Os deputados Othelino Neto e Fernando Brande também fizeram parte da proximidade com Braide e o grupo ficou reconhecido como G8. A aproximação foi incentivada pelo, até então, descontentamento com o governador Carlos Brandão. 

Camarão não esteve em nenhum dos encontros, mas a ponte de salvação entre Braide e Camarão começou a ser construída nas festividades de fim de ano de 2024. Esse ambiente fértil para uma insurgência contra o Palácio dos Leões, recoloca Camarão como o nome de Brandão para sucedê-lo. 

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