Quem lucra com os eventos da prefeitura de São Luís?

Escândalo nos eventos da Prefeitura de São Luís: contratos obscuros, nepotismo e fornecedores sem pagamento 

O calote da Prefeitura de São Luís nos fornecedores do Aniversário da Cidade, Réveillon e Carnaval expôs uma contradição nos eventos promovidos pela gestão municipal: enquanto trabalhadores locais seguem sem receber, o dinheiro para pagar esses fornecedores segue rumo ignorado.

O aumento exponencial dos custos, sem justificativa plausível, levanta questionamentos sobre quem realmente ganha com a realização dos eventos.

Além dos artistas nacionais, que receberam em dia e levaram milhões para fora do Maranhão, quem mais poderia ser beneficiado com as verbas gordas das festa de Eduardo Braide?

Os contratos seguem sem transparência, de forma obscura, a exemplo do Palco do Réveillon que ficou montado até o fim do Carnaval 2025. Tudo isso, sem chamamento público, o que reforça a suspeita de um esquema direcionado, onde poucos lucram enquanto a economia criativa local segue ignorada.

Leia também: Sobre o calote da Prefeitura de São Luís no Aniversário da Cidade, Réveillon e Carnaval 

Mas há alguns personagens dentro da administração do prefeito Eduardo Braide que podem estar contribuindo com o calote a fornecedores e até estar sendo beneficiados com a letargia e sobrepreços na contratação de serviços.
Quem dá as cartas nos grandes eventos: secretário Maurício Itapary, Dr. Diego Sá, secretário Márcio Andrade e o empresário Fernando da Dux.

Na Secretaria Municipal de Cultura há dois personagens da mesma família que fazem jogo combinado. O ainda secretário Maurício Itapary, que assumiu também a função na SMTT, abrigou o seu cunhado Diego Sá como chefe do jurídico. Neste caso, nem está em questão o nepotismo, que já seria um escândalo.

Lembrando que a dupla adentrou na Secult depois de Eduardo Braide denesfrar de maneira covarde o então secretário Marcus Dualibe, a chefia de gabinete e o jurídico. Então, não fez sentido que logo na troca motivada por uma aparente moralidade seja feita por um flagrante caso de nepotismo. Mas voltemos.

Fica a cargo do jurídico, no caso o advogado Diego Sá, ser responsável por contratações, pelo pagamento e (o pior) não pagamento de fornecedores, seja de estrutura ou atrações ou qualquer outro serviço ligado a secretaria.

Mesmo com os serviços prestados, os fornecedores esperam desde o Aniversário da Cidade, em setembro de 2024, pelo pagamento dos serviços. Há contudo, com anuência de Mauricio Itapary, um trancamento das verbas nesses casos específicos.

Não é, contudo, todo prestador de serviço que levou calote. A motivação do pagamento de uns e o calote em outros, não é clara, mas totalmente sugestiva.

O doutor da Cultura tem ignorado até orientações da PGM para concluir o pagamento dos fornecedores das festas já citadas.

O Fernando da DUX, também tem forte influência na realização dos eventos da prefeitura de São Luís. Parte de Fernando a contratação das atrações nacionais. O detalhe é que seja o artista de grande projeção ou não, os cachês sempre são vultuosos. Há porém uma ligação suspeita, segundo apurou a reportagem.

O empresário Fernando tem negócios em comum com um secretário do prefeito Eduardo Braide. No caso, aquele que cuida de sua articulação política, Márcio Andrade. Há quem diga, que para além de sua aproximação, Andrade seria sócio oculto da Dux Produções.

A pergunta ainda não cessou: Quem lucra com os eventos da prefeitura de São Luís?

A reportagem procurou o prefeito Eduardo Braide por meio do WhatsApp para esclarecimentos, mas não obteve respostas. O espaço segue aberto para o contraditório.

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