Sobre o calote da Prefeitura de São Luís no Aniversário da Cidade, Réveillon e Carnaval 


Enquanto artistas nacionais receberam milhões, fornecedores locais seguem sem pagamento pelo Aniversário da Cidade, Réveillon e Carnaval. Custo das festas disparou, mas a roda da economia criativa não gira para quem realmente trabalha

O êxtase das três últimas grandes festas da prefeitura de São Luís já passou, mas a agonia de quem trabalhou permanece até hoje. O aniversário de São Luís, o Réveillon da Cidade e o Carnaval ainda conta com uma série de fornecedores que não receberam pelos serviços prestados. 

Na lista de quem recebeu calote não consta os nacionais como Viviane Batidão, Alcione, Oh Polêmico, Ana Castela, Pedro Sampaio, Alok, Padre Fábio de Melo, Aline Barros, Xande de Pilares, Fundo de Quintal, e Ferrugem, Cláudia Leitte, Silva, Maiara e Maraisa, Klessinha e Marcelo Falcão (ex-O Rappa). 

Os artistas citados acima levaram para fora do Maranhão milhões de reais. E todos foram pagos. O calote milionário ficou para fornecedores locais essenciais para a festa acontecer.  

A exemplo da segurança, limpeza, estrutura e buffet, decoração. Nem mesmo os servidores da Prefeitura, a exemplo da Comunicação e Cultura, tiveram suas diárias pagas pelos dias trabalhados nestas festas. 

Ou seja, as festas do prefeito Eduardo Braide e do [ainda] secretário de Cultura, Maurício Itapary, não servem para fazer a roda da Economia Criativa girar. Ao que consta, ou ao que parece, tem servido para evadir recursos públicos de São Luís para empresas de outras cidades e favorecer nem meia dúzia de empresários e servidores. 

Mudança de fornecedores – Durante o Carnaval de 2025, a Secult tentou contratar, por meio das empresas que executam a produção da festa, uma empresa de segurança, bem requisitada no mercado local, que já havia prestado serviços em eventos anteriores. Por conta do calote e pelo não pagamento dos débitos anteriores, o fornecedor se recusou a prestar o serviço. Durante o Carnaval a empresa de segurança contratada as pressas e sem nenhuma expertise teve dificuldade em garantir a segurança necessária ao Carnaval, um exemplo foi a troca de tiro deflagrada na sexta-feira gorda de Carnaval. 

Custo das festas tem multiplicado – Chama atenção que o custo das festas tem dobrado. Em consulta com produtores de eventos privados e fornecedores, os valores de cachês e de serviços prestados para eventos não tem multiplicado no mesmo ritmo das festas organizadas pela Prefeitura de São Luís. 

No Pré e Carnaval de 2024, organizado pela Secult, onde teve 11 dias de folia, a Prefeitura dispensou R$ 8.916.000,00. Já neste ano, com os mesmos 11 dias de festa, o valor saltou para R$ 15.408.000,00. No Aniversário de São Luís, com nove dia de festa, foram gastos R$ 7,9 milhões e o Réveillon 2025, em dois dias, R$ 3.650.000,00. Os valores citados não incluem a contratação de cantores, bandas e outras atrações artísticas. 

Contratação direcionada – Neste Carnaval chamou atenção que toda estrutura do do Réveillon ficou montada até o Carnaval, fazendo com que a organização do evento utilizasse a mesma estrutura. Essa manobra aconteceu sem nem mesmo ter o chamamento público do Carnaval. A prática pode caracterizar como um jogo de cartas marcadas, onde antes mesmo da licitação acontecer, a Secult já sabe quem serão os beneficiados. 

O site A Carta Política entrou em contato com o prefeito de São Luís Eduardo Braide, por meio de aplicativa de troca de mensagens, mas não obteve respostas. A Carta Política está disponível para o contraditório. 

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