A não ser que escolham outro destino eleitoral em 2026, o partido Novo está longe de assistir o deputado estadual Wellington do Curso, que busca reeleição e o médico-pecuarista Lahésio Bonfim, que sonha ser governador.
Mesmo solicitando a primeira-dama de São Luís para ser sua vice, Lahésio ainda não tem partido para ser candidato a governador. Explico.
O Novo tem uma única estratégia em todo o Brasil, superar a cláusula de barreira nas próximas eleições.
O Novo vai usar todo o dinheiro guardado ao longo de anos do fundo partidário, somado ao fundo eleitoral, para conseguir eleger deputados federais e nos estados que não conseguir, obter uma votação para que a cláusula de barreira seja superada. No Maranhão, o partido quer obter 100 mil votos.
Nesse caso, não vai pingar um centavo para candidatos a deputado estadual e nem para uma candidatura majoritária no Maranhão. Neste cenário, fica dificil formar uma nominata forte para a Assembleia Legislativa, dificultando a vida do deputado Wellington do Curso.
Já Lahésio Bonfim tem que buscar outro partido para ser candidato. Em caso de sucesso, o Novo deve seguir com o pecuarista.
A cláusula de barreira e suas consequências
Nas eleições de 2026, a cláusula de barreira exigirá que os partidos políticos obtenham pelo menos 3% dos votos válidos nacionais para a Câmara dos Deputados, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% dos votos em cada uma delas.
Além disso, partidos que não atingirem esse percentual poderão cumprir a cláusula elegendo ao menos 11 deputados federais em nove estados diferentes.
Os partidos que não alcançarem esse desempenho perderão acesso ao Fundo Partidário e ao tempo de rádio e TV.