Uma representação contra o prefeito de Grajaú, Dr. Gilson, já chegou no Tribunal de Contas do Estado. A representa aponta várias irregularidades em uma licitação na área da saúde, que pode caracterizar superfaturamento e direcionamento.
A informação foi dada pelo site Folha do Maranhão. O site A Carta Política já havia publicado sobre licitações que podem chegar a R$ 28,7 milhões só neste início de mandato.
Segundo a acusação, o processo licitatório ignorou as próprias atas de registros de preço, o que culminou em uma adesão de ata do município de Paulo Ramos, com valores mais altos para medicamentos e insumos hospitalares.
“A manobra resultou em um contrato milionário de R$ 1.266.997,25 com a empresa Maximed Distribuidora Médica Hospitalar Ltda., o que pode representar um prejuízo aos cofres públicos. Comparações feitas na denúncia mostram que medicamentos foram adquiridos com aumentos exorbitantes, chegando a 238% acima dos preços já registrados pelo próprio município. Enquanto a administração poderia comprar amoxicilina injetável por R$ 4,99, preferiu pagar R$ 16,90 por unidade.”, diz a publicação.
Segundo a denúncia, a manobra pode apontar indícios de favorecimento à Maximed. Não houve justificativas para a contratação e o pagamento acima do valor.
“O contrato milionário não foi publicado no Portal da Transparência nem no Sincontrata, impedindo que órgãos de controle e a população fiscalizassem a legalidade da transação. Essa omissão reforça a tese de que o processo foi conduzido nos bastidores, longe dos olhos da sociedade e em benefício de interesses privados.”, diz ainda o site Folha do Maranhão.
A denúncia está no gabinete do conselheiro Melquizedeque Nava Neto, relator do caso. Cabe a ele se manifestar sobre a denúncia.