Maranhão registrou 23 acidentes aéreos desde 2020, com seis fatalidades

Nesta quarta-feira (19), um Airbus A320, da Azul, declarou emergência por pouco combustível. O voo AD4871 havia decolado no Aeroporto de Viracopos, em Campinas, às 13h, e não conseguiu aterrissar em São Luís e em Teresina por conta do mau tempo registrado nas duas cidades. Às 17h49 a aeronave pousou em segurança em Parnaíba.

O Maranhão registrou 23 acidentes aéreos entre 2020 e 2025, segundo dados do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). Destes, seis resultaram em mortes, sendo duas em 2020, duas em 2022 e duas em 2024.

As causas por fatores operacionais foram os mais frequentes, representando 60% das causas dos acidentes. Esse fator está ligado ao desempenho técnico do ser humano na operação da aeronave, como erros de pilotagem e falhas de decisão.

Já os fatores humanos corresponderam a 26,7% das ocorrências relacionadas ao aspecto psicológico e 13,3% ao aspecto médico. Isso inclui questões como estresse, ansiedade, fadiga e condições médicas que podem comprometer a capacidade do piloto.

Fatores contribuintes dos acidentes

Entre os aspectos analisados pelo CENIPA, a manutenção da aeronave foi apontada como fator contribuinte em oito casos, sugerindo problemas técnicos que podem ter afetado o desempenho das aeronaves. O julgamento de pilotagem apareceu em quatro acidentes, indicando falhas na avaliação do cenário de voo.

A aplicação incorreta de comandos e a atitude do piloto foram listadas como fatores em dois casos cada. Além disso, a tomada de decisão inadequada, a presença de álcool, ansiedade, dor e enfermidades também foram identificadas como elementos que contribuíram para alguns dos acidentes.

A supervisão gerencial foi apontada em um caso, destacando a importância da gestão e do acompanhamento das operações aéreas para a segurança de voo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *