Governo Federal quer pressa, mas relatório de 2019 já apontava para riscos de desabamento na Ponte JK, que liga o Maranhão ao Tocantins
O ministro Renan Filho (Transportes) anunciou para jornalistas que será decretado estado de calamidade pública por conta o desabamento da ponte Juscelino Kubitscheck de Oliveira.
Serão gastos de R$ 100 a R$ 150 milhões para a reconstrução da ponte entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA).
Mas para que tanta pressa agora? A ponte já caiu, vidas se foram e nenhum presidente, de Lula a Bolsonaro, de Bolsonaro a Lula, ligou para os relatórios que apontavam o estado crítico da ponte.
O Dnit argumenta “emergência para agilizar os procedimentos necessários” para uma “pronta resposta”.
Pra quê?
A população esperou pronta resposta há muito tempo. A classificação do estado da ponte era “nota 2” em julho de 2019. A classificação diz 1 para o estado mais crítico e 5 para o melhor estado.
Mesmo projetando até R$ 150 milhões para refazer a ponte, o filho do senador Renan Calheiros (MDB-AL), ministro dos Transportes, diz que custo da obra ainda não está fechado.
“Nós ainda vamos avaliar o que está submerso, como será retirado, quais serão os custos adicionais advindos de outros serviços além da obra”, disse o ministro.
Uma manuntenção do DNIT poderia ter evitado todas as vidas perdidas. O que se precisa agora não é “urgência”, “estado de calamidade”, mas sim seriedade para fazer o serviço certo com todos os requisitos para uma probidade para tocar a reconstrução da ponte JK.