Na Alema, com a aprovação da LOA 2025, a esquerda maranhense semeia a criação do que tanto crítica: o centrão
Na última sessão legislativa do ano, na última sexta-feira (20), a Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou a LOA (Lei Orçamentária Anual).
Junto a ela, em uma vitória da oposição no STF e costura na Comissão de Orçamento, foi aprovada um aumento das emendas parlamentares.
Passou de 0,40% para 2% da RCL (Receita Corrente Líquida), o que garante R$ 11 milhões para cada deputado estadual.
O novo cenário, forjado pela esquerda representada por um grupo pequeno deputados, vai garantir o surgimento do Centrão na Assembleia Legislativa.
No pós-eleições, esses mesmos deputados, a exemplo de Carlos Lula e Rodrigo Lago, do PSB e PCdoB, respectivamente, criticaram o uso exacerbado de emendas nos municípios.
O resultado, na prática, segundo os próprios, foi uma vitória esmagadora do centrão, centro-direita e direita
Partidos como PSD, Republicanos, União Brasil e Progressistas conseguem generosas emendas parlamentares sob um jogo que resulta em: um pé no governo e outro na oposição dentro do Congresso.
Esses partidos, mesmo governando com Lula, não dão uma governabilidade tranquila na Câmara dos Deputados e Senado Federal.
A simetria da Assembleia com a Câmara defendida por Othelino Neto (SDD) vai acontecer também no toma lá da cá.
Em caso de um acordo de paz dos dinistas com o governador do Maranhão, Carlos Brandão, não deve contar com paz plena na Assembleia, ela nem está sendo colocada pelos aliados do ex-governador Flávio Dino.
Pelo contrário, o ‘centrão’ terá no ex-presidente Othelino Neto como uma bomba-relógio. Sendo ele responsável por criar novas crises, aumentando o poder de barganha do legislativo.
Sob a lente do governador ele tem como garantia de ameaças apenas oito deputados.
Os deputados Othelino Neto (SDD), Ricardo Rios (PCdoB), Rodrigo Lago (PCdoB), Júlio Mendonça (PCdoB), Carlos Lula (PSB), Francisco Nagib (PSB), Leandro Bello (Podemos) e Fernando Braide (PSD) formam um grupo denominado por eles de G-8.
Os outros que somaram os 21 votos em Othelino podem incorporar esse Centrão alegando independência.