Contra, mas a favor

Última quinta-feira (21), a Assembleia Legislativa travou um debate sobre o aumento ou não de 1% no ICMS no Maranhão.

Um caso específico chamou atenção. Foi a posição do deputado estadual Francisco Nagib, dono-herdeiro do conglomerado do grupo FC.

Nagib por questões políticas (e não econômicas) se mostrou contrário ao aumento.

Ficou a cargo do deputado estadual Yglésio Moyses mostrar a contradição do empresário.

Só está alta a alíquota e, às vezes, precisam majorar, porque as empresas aqui estratégicas como esse grupo FC. Oliveira ele tem incentivo fiscal. Aí é muito bonito, eu sou defensorzão da população, não, não aumenta aqui nada, mas o meu benefício, eu não tenho coragem de abrir [mão] dele um centavo.

Yglésio Moyses, em discurso na sessão de quinta-feira, 21

Se alguém paga muito é porque alguém está pagando pouco, ou quase nada.

Em outro momento, o deputado já havia exposto que duas empresas do grupo, segundo Yglésio, pagam por ano apenas R$ 685 mil em impostos. Mas o faturamento é milionário.

Em defesa do seu grupo empresarial, o deputado subiu na tribuna. “O que nós precisamos dizer aqui é que todos nós somos representantes do povo, nós temos a obrigação de encontrar alternativas para equilibrar as contas públicas e não repassar isso aos empresários, e não repassar isso para o comerciante, o comércio final. Eu estava agora há pouco aqui acompanhando todos os Deputados, fiquei na minha posição defendendo, claro, a classe empresarial, entendendo que a classe precisa de apoio“, disse Nagib.

Uma alternativa para diminuir o ICMS de 23%, ora aprovado pela Alema, seria diminuir os incentivos fiscais dos grandes grupos empresariais que pagam quase nada de imposto, a exemplo das FC Oliveiras da vida de dos Mateus.

Topa defender os empresários, de fato, deputado Nagib?

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