Recentemente, uma aliança um ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e um desembargador TRF1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) do se formou com o objetivo de impedir a nomeação de Ney Bello, também desembargador do TRF1, ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
A estratégia envolve a colaboração de Kassio Nunes Marques (STF) e Carlos Brandão (TRF1), cujo apoio conjunto visa bloquear a candidatura de Bello, defendida por Flávio Dino, ministro do STF.
Kassio Nunes Marques e Carlos Brandão não estão motivados por uma amizade pessoal, mas por uma rivalidade histórica com Ney Bello. A tensão entre Kassio e Bello data de vários anos, desde a época em que Kassio era advogado e Bello criticava sua ascensão política através da indicação da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) ao TRF1.
A rivalidade se intensificou quando, em 2022, Kassio usou sua influência política e a proximidade com o então presidente Jair Bolsonaro para barrar a nomeação de Bello ao STJ. Agora, com o apoio de Kassio, Brandão se posiciona como um candidato forte para integrar a lista sêxtupla que será avaliada pelo STJ em outubro.
Caso Brandão seja incluído, é provável que a lista tríplice final não conte com o nome de Bello, uma vez que há um esforço em evitar a inclusão de múltiplos magistrados do TRF1 para não descontentar os colegas de outros TRFs.
Flávio Dino, que atualmente defende Ney Bello, conta com o apoio de ministros do STF, como Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. No entanto, Bello enfrenta desafios significativos no STJ devido a seu histórico de campanhas intensas e a oposição formada.
Caso Bello consiga chegar à lista tríplice enviada ao Planalto, existe uma possibilidade considerável de que Lula o nomeie, a menos que a lista inclua também Rogério Favreto, do TRF4, o que tornaria a situação mais complicada. A disputa reflete o complexo jogo de poder dentro do Judiciário, onde alianças e rivalidades desempenham um papel crucial na definição dos futuros integrantes das cortes superiores.