Egoísmo corporativista na fila de vacinação

Quem é prioridade? Para mim é a vida, preservar a vida é prioridade neste momento difícil provocado por um vírus que recodificou o nosso cotidiano. A vacinação para combater a covid-19 está ocorrendo em seu processo natural. Neste momento em um processo lento. Não pelo tempo, mas só pelo fato de não ter chegado, ainda, a nossa vez. O relógio aqui é atemporal e baseado somente em interesses corporativistas.

Campanhas de vacinação já são realizadas a décadas no Brasil, já existe estudo de como iniciar e como finalizar uma vacinação. Quem vem primeiro, quem vem depois. Essa ordem não é randômica, aleatória ou com base em interesses de grupos específicos. Mas é fincada na ciência e tão somente só.

Com a chegada da covid-19, ou como em qualquer outra doença, são feitas adaptações para o perfil da doença e grupos de riscos. Mas a espinha dorsal da ordem segue – mais ou menos – o mesmo enredo.

O curioso é o surto egoísta que surgiu com a chegada das poucas doses da vacina contra a covid-19. “Primeiro eu, segundo eu”, é como segue a toada para organizar a fila que é urgente para qualquer um, mas não tem para todo mundo. O deputado federal Josivaldo JP (Podemos), maranhense, tem brigado em Brasília para que “pastores, padres e membros eclesiásticos como prioridades na vacinação contra Covid-19”.

A proposta não tem fundamento, a contar que pode ser até benevolente com os (poucos) religiosos que têm provocado aglomerações ao professar sua fé. No caso, os pastores estariam imunes enquanto o rebanho de ovelhas todo em perigo. Todo dia surge uma nova reivindicação. Professores, médicos que não são da linha de frente, personais trainers. Agora, também recente, Quem também reivindica o direito de ser vacinado primeiro são os bancários agora ameaçam greve geral caso não sejam imunizados.

O brasileiro colocando a ciência de lado para atender seus próprios interesses. Nenhuma novidade.

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