Dr. Yglésio vê “coelhos e tartaguras” em busca de holofotes em São Luís…

Por Marco Aurélio Deça

Em artigo publicado neste domingo, 9, no jornal O Imparcial, o médico e deputado estadual Dr. Yglésio Moises aproveitou-se do debate sobre a extinção de postos de cobradores de ônibus no transporte público para criticar potenciais adversários na eleição municipal de 2020.

Opção do PDT para a sucessão do prefeito Edivaldo Júnior, Yglésio analisou a situação à luz do avanço tecnológico, que deverá extinguir não apenas profissões como a de cobrador de ônibus, mas diversas outras, incluindo aquelas com formação específica e de ponta – como arquitetos, advogados e até médicos.

– É inegável que o avanço tecnológico chegou com força nos últimos anos e que a tendência de algumas profissões é o desaparecimento. Cobradores de ônibus, frentistas, arquitetos, advogados e até mesmo algumas especialidades médicas

Dr. Yglésio em artigo do jornal O Imparcial

Sua postura realista é diferente da de outros dois deputados estaduais – ambos também pré-candidatos a prefeito: Duarte Júnior (PCdoB) e Wellington do Curso (PSDB), que se utilizaram do assunto para ganhar espaço nas redes sociais, chegando até a viajar em ônibus de São Luís.

É neste aspecto que o artigo de Yglésio mira os dois, mesmo sem citar nomes.

– Toda vez que temos um assunto que realmente merece uma atenção maior, por tratar de problemas estruturantes, existe também na política uma proliferação cada vez maior de coelhos e tartarugas; os coelhos da modernidade política (cada vez mais líquida) hoje alimentam-se de holofotes – ironizou o médico, para asseverar:

– Como surge uma pauta como a dos cobradores, muito mai do que jogar para a plateia, o fundamental é buscar entender os problemas de fato, conversar com todos os envolvidos, dimensionar os argumentos e recolocá-los como propostas de soluções.

No artigo de O Imparcial, o deputado pedetista mostra-se resignado em relação à situação do transporte público, por entender ser fruto natural do avanço da tecnologia.

E provoca, com uma pergunta dura e direta: “se a retirada de 500 profissionais da função de cobradores é ruim, a quem interessa a falência das empresas de ônibus, que jogaria não 500, mas 7,5 mil profissionais nas trincheiras do desemprego?”.

Ao final Yglésio faz outro comentário, que o blog Marco Aurélio D’Eça entendeu como um recado direto ao prefeito Edivaldo Júnior (PDT), referindo-se ao termo tartaruga, usada no título do artigo:

– Se os coelhos não cabem neste momento em que a lucidez é fundamental, também não no servem as tartarugas, pois em tempos de difíceis, as atitudes firmes e ágeis se fazem cada vez mais necessárias.

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